quarta-feira, 15 de abril de 2015

Papa fala da complementaridade entre homem e mulher

Na catequese, Papa identificou o risco de retroceder na teoria de gênero, tendo em vista dúvidas e ceticismos introduzidos na sociedade moderna
Da Redação, com Rádio Vaticano
Francisco fala da teoria do gênero / Foto: Reprodução CTV
Francisco fala da teoria de gênero / Foto: Reprodução CTV
Nesta quarta-feira, 15, prosseguindo o ciclo de catequeses sobre a família, o Papa Francisco falou de um tema que ele considera central: a complementariedade entre homem e mulher.
“Deus criou o ser humano à Sua imagem, criou-os homem e mulher.” Esta afirmação do Gênesis, explicou Francisco, diz que não só o homem nem só a mulher são imagem de Deus, mas ambos, como casal, são imagem do Criador. A diferença entre eles tem em vista a comunhão e a geração, e não a contraposição nem a subordinação. “Somos feitos para nos ouvir e nos ajudar reciprocamente. Sem esse enriquecimento recíproco, não se pode entender profundamente o que significa ser homem e mulher”, disse o Papa.
A cultura moderna e contemporânea, no entanto, abriu novos espaços para a compreensão dessa diferença, introduzindo dúvidas e ceticismo. “Pergunto-me, por exemplo, se a chamada ‘teoria de gênero’ não seja expressão de uma frustração e resignação, com a finalidade de cancelar a diferença sexual por não saber mais como lidar com ela. Sim, corremos o risco de retroceder”, afirmou Francisco, advertindo que a remoção da diferença é o problema, e não a solução.
Se o homem e a mulher têm divergências, estas devem ser resolvidas com o diálogo, para que eles se amem mais e se conheçam melhor. “O elo matrimonial e familiar é algo sério, e o é para todos, não só para os fiéis. Gostaria de exortar os intelectuais a não abandonarem este tema, como se tivesse se tornado um empenho secundário a favor de uma sociedade mais livre e mais justa”.
Francisco recordou que Deus confiou a terra à aliança do homem e da mulher: a falência desta aliança gera a aridez dos afetos no mundo e obscurece o céu da esperança. Os sinais são visíveis e preocupantes, disse, indicando duas reflexões que merecem atenção.
A primeira é a certeza de que se deve fazer muito mais a favor da mulher para reforçar a reciprocidade entre os dois gêneros. “De fato, é necessário que a mulher não seja apenas ouvida, mas que sua voz tenha um peso real, que seja reconhecida na sociedade e na Igreja”. O Papa citou como exemplo o modo como o próprio Jesus considerou as mulheres num período em que eram relegadas ao segundo plano.
A segunda reflexão diz respeito ao tema do homem e da mulher criados à imagem de Deus. “Pergunto-me se a crise de confiança coletiva em Deus não esteja relacionada à crise de aliança entre homem e mulher, já que a comunhão com o Senhor se reflete na comunhão do casal humano.”
Eis então a grande responsabilidade da Igreja e de todos os fiéis para redescobrir a beleza do projeto criador. “A terra enche-se de harmonia e confiança quando a aliança entre o homem e a mulher é vivida no bem. Jesus nos encoraja explicitamente ao testemunho dessa beleza”, concluiu o Papa.
Ao saudar os numerosos grupos na Praça, aos de língua árabe pediu esforços para que, na Igreja e na sociedade, a igualdade entre os gêneros seja respeitada, rejeitando toda forma de abuso e injustiça, em especial contra as mulheres.

fonte: http://papa.cancaonova.com/papa-fala-da-complementaridade-entre-homem-e-mulher/

domingo, 5 de abril de 2015

Em mensagem de Páscoa, Papa pede paz para a humanidade

Francisco usou sua mensagem de Páscoa para apelar a todos pela paz no mundo especialmente em regiões marcadas por grandes conflitos armados
Da redação, com Agência Ecclesia
O Papa Francisco fez neste domingo, 5, no Vaticano, um apelo à paz, em sua mensagem de Páscoa, recordando as vítimas das guerras, do terrorismo e das perseguições religiosas em vários países.
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“Do Senhor ressuscitado imploramos a graça de não cedermos ao orgulho… mas termos a coragem humilde do perdão e da paz”, pediu o Papa Francisco / Foto: Reprodução CTV
“Pedimos paz, antes de tudo, para a Síria e o Iraque, para que cesse o fragor das armas e se restabeleça a boa convivência entre os diferentes grupos que compõem estes amados países”, referiu, numa intervenção proferida antes da bênção ‘urbi et orbi’ [à cidade (de Roma) e ao mundo], na varanda central da Basílica de São Pedro.
Francisco exigiu que a comunidade internacional “ão permaneça passiva perante a “imensa tragédia humana” nesses países e “o drama dos numerosos refugiados”.
O Papa reforçou as suas preocupações em relação aos cristãos perseguidos por causa da sua fé, lembrando ainda todos os “que sofrem injustamente as consequências dos conflitos” em curso.
Segundo o pontífice, o terrorismo não pode ser justificado com motivos religiosos, porque “quem traz dentro de si a força de Deus, o seu amor e a sua justiça, não precisa de usar violência, mas fala e age com a força da verdade, da beleza e do amor” e com “a coragem humilde do perdão e da paz”.
Francisco falou também aos habitantes da Terra Santa; fez votos de que israelitas e palestinos retomem o processo de paz, “a fim de pôr fim a tantos anos de sofrimentos e divisões”.
“Suplicamos paz para a Líbia a fim de que cesse o absurdo derramamento de sangue em curso e toda a bárbara violência”, prosseguiu o Papa, que aludiu ainda à situação no Iémen.
Francisco saudou o acordo de princípio sobre o dossiê nuclear iraniano, alcançado em Lausana, esperando “que seja um passo definitivo para um mundo mais seguro e fraterno.
O documento celebrado entre os representantes do Irã e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha prevê o fim das sanções econômicas que afetam o país asiático.
A intervenção do Papa pediu ainda a paz para a Ucrânia, a Nigéria, o Sudão do Sul, o Sudão e a República Democrática do Congo, lembrando em particular os jovens mortos na última quinta-feira, 2,  numa Universidade de Garissa, no Quénia.
A mensagem pascal deixou uma oração “por quantos foram raptados, por quem teve de abandonar a própria casa e os seus entes queridos”.
O Papa referiu-se às vítimas da escravatura “por parte de indivíduos e organizações criminosas”, dos traficantes de armas “que lucram com o sangue de homens e de mulheres” e “dos traficantes de droga, muitas vezes aliados com os poderes que deveriam defender a paz e a harmonia”.
“Aos marginalizados, aos presos, aos pobres e aos migrantes que tantas vezes são rejeitados, maltratados e descartados; aos doentes e atribulados; às crianças, especialmente as vítimas de violência; a quantos estão hoje de luto; a todos os homens e mulheres de boa vontade chegue a voz consoladora do Senhor Jesus”, apelou.
Francisco sublinhou que a ressurreição de Jesus mostra aos crentes a humildade como “caminho da vida e da felicidade”.
“A proposta do mundo é impor-se a todo o custo, competir, fazer-se valer, mas os cristãos, pela graça de Cristo morto e ressuscitado, são os rebentos duma outra humanidade, em que se procura viver ao serviço uns dos outros, não ser arrogantes mas disponíveis e respeitadores”, enfatizou.
Fonte: cancaonoa.com/papa
DOMINGO, 5 DE ABRIL DE 2015, 9H23
MODIFICADO: DOMINGO, 5 DE ABRIL DE 2015, 9H25

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Catequese do Papa Francisco sobre o Tríduo Pascal - 1/04/15

brasão do Papa Francisco
CATEQUESE
Praça São Pedro
Quarta-feira, 1º de abril de 2015
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Amanhã é Quinta-Feira Santa. À tarde, com a Santa Missa “na Ceia do Senhor”, terá início o Tríduo Pascal da paixão, morte e ressurreição de Cristo, que é o ápice de todo o ano litúrgico e também o ápice da nossa vida cristã.
O Tríduo se abre com a celebração da Última Ceia. Jesus, na véspera de sua paixão, oferece ao Pai o seu corpo e o seu sangue sob as espécies de pão e de vinho e, doando-os em alimento para os apóstolos, ordenou-lhes perpetuar a oferta em sua memória. O Evangelho desta celebração, recordando o lava pés, exprime o mesmo significado da Eucaristia sob outra perspectiva. Jesus – como um servo – lava os pés de Simão Pedro e dos outros onze discípulos (cfr Jo 13, 4-5). Com esse gesto profético, Ele exprime o sentido da sua vida e da sua paixão, aquele do serviço a Deus e aos irmãos: “O Filho do homem, de fato, não veio para ser servido, mas para servir” (Mc 10, 45).
Isso aconteceu também no nosso Batismo, quando a graça de Deus nos lavou do pecado e fomos revestidos de Cristo (cfr Col 3, 10). Isso acontece cada vez que fazemos o memorial do Senhor na Eucaristia: fazemos comunhão com Cristo Servo para obedecer ao seu mandamento, aquele de nos amarmos como Ele nos amou (cfr Jo 13, 34; 15, 12). Se nos aproximamos da santa Comunhão sem estarmos sinceramente dispostos a lavarmos os pés uns dos outros, não reconhecemos o Corpo do Senhor. É o serviço de Jesus que doa a si mesmo, totalmente.
Depois, depois de amanhã, na liturgia da Sexta-Feira Santa, meditamos o mistério da morte de Cristo e adoramos a Cruz. Nos últimos instantes de vida, antes de entregar o espírito ao Pai, Jesus disse: “Está consumado!” (Jo 19, 30). O que significa esta palavra? Que Jesus diga: “Está consumado”? Significa que a obra da salvação está cumprida, que todas as Escrituras encontram seu cumprimento no amor de Cristo, Cordeiro imolado. Jesus, com seu Sacrifício, transformou a maior injustiça no maior amor.
Ao longo dos séculos há homens e mulheres que, com o testemunho da sua existência, refletem o raio deste amor perfeito, pleno, não contaminado. Gosto de recordar um heroico testemunho dos nossos dias, Don Andrea Santoro, sacerdote da diocese de Roma e missionário na Turquia. Algum dia antes de ser assassinado em Tresbisonda, escreveu: “Estou aqui para morar no meio desse povo e permitir a Jesus fazê-lo emprestando-lhe a minha carne… Uma pessoa se torna capaz de salvação somente oferecendo a própria carne. O mal do mundo seja suportado e a dor seja partilhada, absorvendo-a na própria carne até o fim, como fez Jesus” (A. Polselli, Don Andrea Santoro, as heranças, Cidade Nova, Roma 2008, p. 31). Este exemplo de um homem dos nossos tempos e tantos outros nos apoiam em oferecer a nossa vida como dom de amor aos irmãos, à imitação de Jesus. E também hoje há tantos homens e mulheres, verdadeiros mártires que oferecem suas vidas com Jesus para confessar a fé, somente por esse motivo. É um serviço, serviço do testemunho cristão até o sangue, serviço que Cristo noz fez: redimiu-nos até o fim. E este é o significado daquela palavra “Está consumado”. Que belo será se todos nós, ao fim da nossa vida, com os nossos erros, os nossos pecados, também com as nossas boas obras, com o nosso amor ao próximo, possamos dizer ao Pai como Jesus: “Está consumado”; não com a perfeição com a qual Ele disse, mas dizer: “Senhor, fiz tudo o que pude fazer. Está consumado”. Adorando a Cruz, olhando Jesus, pensemos no amor, no serviço, na nossa vida, nos mártires cristãos e também nos fará bem pensar no final da nossa vida. Ninguém de nós sabe quando isso vai acontecer, mas podemos pedir a graça de poder dizer: “Pai, fiz o que pude. Está consumado”.
O Sábado Santo é o dia em que a Igreja contempla o “repouso” de Cristo no túmulo depois do vitorioso combate da cruz. No Sábado Santo, a Igreja, uma vez mais, se identifica com Maria: toda a sua fé é recolhida nela, a primeira e perfeita discípula, a primeira e perfeita crente. Na obscuridade que envolve o criado, Ela permanece sozinha a manter acessa a chama da fé, esperando contra toda esperança (cfr Rm 4, 18) na Ressurreição de Jesus.
E na grande Vigília Pascal, em que ressoa novamente o Aleluia, celebramos Cristo Ressuscitado centro e fim do cosmo e da história; vigiamos cheios de esperança à espera do seu retorno, quando a Páscoa terá a sua plena manifestação.
Às vezes a escuridão da noite parece penetrar na alma; às vezes pensamos: “agora não há mais nada a fazer” e o coração não encontra mais a força de amar… Mas justamente naquela escuridão Cristo acende o fogo do amor de Deus: um brilho quebra a escuridão e anuncia um novo início, algo começa no escuro mais profundo. Nós sabemos que a noite é “mais noite”, é mais escura pouco antes que comece o dia. Mas justamente naquela escuridão é Cristo que vence e acende o fogo do amor. A pedra da dor é abatida, deixando espaço à esperança. Eis o grande mistério da Páscoa! Nesta noite santa, a Igreja nos entrega a luz do Ressuscitado, para que em nós não haja o remorso de quem diz “por agora…”, mas a esperança de quem se abre a um presente cheio de futuro: Cristo venceu a morte, e nós com Ele. A nossa vida não termina diante da pedra de um sepulcro, a nossa vida vai além com a esperança em Cristo que ressuscitou justamente daquele sepulcro. Como cristãos, somos chamados a ser sentinelas da manhã, que sabem discernir os sinais do Ressuscitado, como fizeram as mulheres e os discípulos reunidos no sepulcro na aurora do primeiro dia da semana.
Queridos irmãos e irmãs, nestes dias do Tríduo Santo não nos limitemos a celebrar a paixão do Senhor, mas entremos no mistério, façamos nossos os seus sentimentos, as suas atitudes, como nos convida a fazer o apóstolo Paulo: “Tenhais em vós mesmos os sentimentos de Cristo Jesus” (Fil 2, 5). Assim, a nossa será uma “feliz Páscoa”.
fonte: http://papa.cancaonova.com/catequese-do-papa-francisco-sobre-o-triduo-pascal-10415/

terça-feira, 31 de março de 2015

Programação Semana Santa 2015

Programação da Semana Santa 2015 em nossa Paróquia

01/04 – Quarta-Feira Santa
Via Sacra Saindo da Paróquia até capela Nossa Senhora Aparecida;
02/04 – Quinta-Feira Santa
Missa da Ceia do Senhor às 20hs, após a missa vigília até às 00h;
03/04 – Sexta-Feira Santa
Vigília Pascal das 08h à 12h;
Celebração da Paixão às 15hs, logo após procissão com o Senhor Morto;
04/04 – Sábado Santo
Vigília Pascal e Benção do Fogo Novo às 19h30;
05/04 - Domingo de Páscoa
Missa da Páscoa do Senhor às 10h e as 18h30.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Papa cita memória e esperança como “parâmetros” do cristão

Francisco defende a necessidade de os cristãos sempre recordarem o primeiro encontro com Cristo e manterem a esperança em Jesus
Da Redação, com Rádio Vaticano
Francisco celebra Missa na Casa Santa Marta, um costume desde o início de seu pontificado / Foto: L'Osservatore Romano
Francisco celebra Missa na Casa Santa Marta, um costume desde o início de seu pontificado / Foto: L’Osservatore Romano
Um cristão deve sempre proteger em si a memória do seu primeiro encontro com Cristo e a esperança n’Ele, que leva a seguir adiante na vida com a coragem da fé. Esse foi o ponto central da homilia do Papa Francisco, nesta sexta-feira, 30, na Casa Santa Marta.
Não ama realmente quem não recorda os dias do primeiro amor. E um cristão sem memória do seu primeiro encontro com Jesus é uma pessoa esvaziada, espiritualmente inerte, como são as pessoas “mornas”.
O que orientou a homilia do Papa foi a frase inicial da Carta aos Hebreus, na liturgia do dia, na qual o autor nos convida a “lembrar aqueles primeiros dias” em que receberam a luz de Cristo. Segundo o Papa, trata-se do dia do encontro com Jesus, que não deve ser esquecido nunca, porque é o dia de uma grande alegria e de vontade de fazer coisas grandes.
Junto à memória, o Papa observou que não se pode perder a coragem dos primeiros tempos e o entusiasmo, a franqueza que nascem da recordação do primeiro amor. Sem isso, os cristãos correm o risco de perder o calor, tornarem-se “cristãos mornos”.
“Sim, estão ali, parados, são cristãos, mas perderam a memória do primeiro amor. E, sim, perderam o entusiasmo. Também perderam a paciência, aquele ‘tolerar’ as coisas da vida com espírito do amor de Jesus; aquele ‘tolerar’, ‘levar nas costas’ as dificuldades…Os cristãos mornos, pobrezinhos, estão em grave perigo”.
Atenção ao mal que bate à porta
Quando pensa nos cristãos mornos, o Papa menciona duas imagens incisivas e desagradáveis à aparência. A primeira é aquela evocada por Pedro, do “cão que retorna ao seu vômito” e a outra é a de Jesus, para o qual há pessoas que, ao decidir seguir o Evangelho, expulsaram de si o demônio, mas quando este volta com força lhe abrem a porta.
“O cristão tem esses dois parâmetros: a memória e a esperança. Retomar a memória para não perder aquela experiência tão bela do primeiro amor, que alimenta a esperança. Tantas vezes é escura, a esperança, mas siga adiante. Creia, vá, porque sabe que a esperança não desilude os que querem encontrar Jesus. Esses dois parâmetros são justamente o quadro no qual podemos proteger essa salvação dos justos que vem do Senhor”.
Uma salvação, afirma o Papa citando o trecho do Evangelho, que deve ser protegida para que o pequeno grão de mostarda cresça e dê frutos.
“Dão pena, fazem tanto mal tantos cristãos pela metade do caminho, tantos cristãos falidos neste caminho rumo ao encontro com Jesus, este caminho no qual perderam a memória do primeiro amor e não têm esperança. Peçamos ao Senhor a graça de proteger o presente, o dom da salvação”.
fonte: papa.cancaonova.com

Santuário Nacional lançará Água Mineral de fonte própria

Foto: Thiago Leon
Matheus Andrade, 19 de Dezembro de 2014 às 10h04. Atualizada em 19 de Dezembro de 2014 às 10h13.
 O Santuário Nacional inaugura na próxima terça-feira (23) instalações próprias de captação e envase de água mineral. A iniciativa busca oferecer um produto de qualidade, seja para o tradicional ou para uso devocional, atendendo a demanda dos devotos que frequentam o Santuário.
Inicialmente a água mineral natural será comercializada em garrafas de 510ml nos pontos de venda do próprio Santuário Nacional. O produto também será, oportunamente, colocado a disposição do mercado e será distribuído em redes de supermercado.
A fonte de água, que fica na zona rural de Taubaté, faz parte de uma área adquirida em 2013 pelo Santuário, que já visava o empreendimento. No local foram feitos investimentos de infraestrutura e adequação do espaço às normas ambientais e sanitárias. 
Somados os valores de aquisição da área, de compra de equipamentos e de adequação do espaço, o investimento do Santuário Nacional foi de aproximadamente 12 milhões de reais. A administração da fonte é do Santuário Nacional, mas o empreendimento foi constituído com os mesmos requisitos de outras empresas do ramo, inclusive no que se refere ao pagamento de impostos. 
Padre Luiz Cláudio Alves de Macedo, Administrador do Santuário Nacional, avalia a iniciativa como um grande investimento na região do Vale do Paraíba e um cuidado especial àqueles que são devotos da Mãe Aparecida. “O elemento água está muito presente na história da devoção a Nossa Senhora, que teve sua Imagem retirada das águas do Rio Paraíba em 1717. O investimento do Santuário numa fonte de água valeparaibana é uma forma do Santuário Nacional contribuir com a economia da região, gerar empregos, cuidar do meio ambiente, além de oferecer água de qualidade aos devotos. A receita desse empreendimento destina-se à manutenção do Santuário e de sua  estrutura de acolhimento, bem como seus compromissos com a evangelização e suas obras sociais”, destacou o padre.
A capacidade da fonte é de até 18 mil litros de água por hora. Na primeira etapa de produção a unidade de envase terá capacidade de produzir até oito milhões de garrafas ao mês. O produto poderá ser encontrado nos quiosques do Santuário a partir de março do próximo ano.
A cerimônia de inauguração está marcada para às 10h da próxima terça-feira, na Fazenda Sobradinho, a área adquirida pelo Santuário no Bairro das Caierias, em Taubaté. O local está situado a 14 quilômetros da Rodovia Oswaldo Cruz, na Estrada do Ribeirão das Almas e fica, no total, distante 70 quilômetros da Basílica.
Estarão presentes o Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, o Bispo-auxiliar de Aparecida, Dom Darci José Nicioli, o Reitor do Santuário Nacional, Padre Domingos Sávio, o Administrador do Santuário, Padre Luiz Claudio Alves de Macedo e convidados.
Após o ato inaugural do espaço, uma visita técnica monitorada apresentará à imprensa as instalações do local e a Fonte Mariah, nome designado antes da aquisição do Santuário.
fonte: a12.com/santuario-nacional 


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2015

brasão do Papa Francisco
MENSAGEM

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2015
Terça-feira, 27 de janeiro de 2015
Boletim da Santa Sé
“Fortalecei os vossos corações” (Tg 5, 8)
Amados irmãos e irmãs,
Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um «tempo favorável» de graça (cf. 2 Cor 6, 2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo tenha dado: «Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro» (1 Jo 4, 19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa connosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.
Quando o povo de Deus se converte ao seu amor, encontra resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. E um dos desafios mais urgentes, sobre o qual me quero deter nesta Mensagem, é o da globalização da indiferença.
Dado que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma tentação real também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos despertar.
A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o até ao ponto de entregar o seu Filho pela salvação de todo o homem. Na encarnação, na vida terrena, na morte e ressurreição do Filho de Deus, abre-se definitivamente a porta entre Deus e o homem, entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão que mantém aberta esta porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração dos Sacramentos, do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor (cf. Gl 5, 6). O mundo, porém, tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a referida porta através da qual Deus entra no mundo e o mundo n’Ele. Sendo assim, a mão, que é a Igreja, não deve jamais surpreender-se, se se vir rejeitada, esmagada e ferida.
Por isso, o povo de Deus tem necessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista esta renovação, gostaria de vos propor três textos para a vossa meditação.
1. «Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros» (1 Cor 12, 26): A Igreja.
Com o seu ensinamento e sobretudo com o seu testemunho, a Igreja oferece-nos o amor de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença. Mas, só se pode testemunhar algo que antes experimentámos. O cristão é aquele que permite a Deus revesti-lo da sua bondade e misericórdia, revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele, servo de Deus e dos homens. Bem no-lo recorda a liturgia de Quinta-feira Santa com o rito do lava-pés. Pedro não queria que Jesus lhe lavasse os pés, mas depois compreendeu que Jesus não pretendia apenas exemplificar como devemos lavar os pés uns aos outros; este serviço, só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa pessoa «tem a haver com Ele» (cf. Jo 13, 8), podendo assim servir o homem.
A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele. Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos corações; porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n’Ele, um não olha com indiferença o outro. «Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria» (1 Cor 12, 26).
A Igreja é communio sanctorum, não só porque, nela, tomam parte os Santos mas também porque é comunhão de coisas santas: o amor de Deus, que nos foi revelado em Cristo, e todos os seus dons; e, entre estes, há que incluir também a resposta de quantos se deixam alcançar por tal amor. Nesta comunhão dos Santos e nesta participação nas coisas santas, aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos. E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos jamais, com as nossas simples forças, alcançar: rezamos com eles e por eles a Deus, para que todos nos abramos à sua obra de salvação.
2. «Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9): As paróquias e as comunidades
Tudo o que se disse a propósito da Igreja universal é necessário agora traduzi-lo na vida das paróquias e comunidades. Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos parte de um único corpo? Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha aquilo que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis, pobres e pequeninos? Ou refugiamo-nos num amor universal pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o Lázaro sentado à sua porta fechada (cf. Lc 16, 19-31)?
Para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direcções.
Em primeiro lugar, unindo-nos à Igreja do Céu na oração. Quando a Igreja terrena reza, instaura-se reciprocamente uma comunhão de serviços e bens que chega até à presença de Deus. Juntamente com os Santos, que encontraram a sua plenitude em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferença é vencida pelo amor. A Igreja do Céu não é triunfante, porque deixou para trás as tribulações do mundo e usufrui sozinha do gozo eterno; antes pelo contrário, pois aos Santos é concedido já contemplar e rejubilar com o facto de terem vencido definitivamente a indiferença, a dureza de coração e o ódio, graças à morte e ressurreição de Jesus. E, enquanto esta vitória do amor não impregnar todo o mundo, os Santos caminham connosco, que ainda somos peregrinos. Convicta de que a alegria no Céu pela vitória do amor crucificado não é plena enquanto houver, na terra, um só homem que sofra e gema, escrevia Santa Teresa de Lisieux, doutora da Igreja: «Muito espero não ficar inactiva no Céu; o meu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas» (Carta 254, de 14 de Julho de 1897).
Também nós participamos dos méritos e da alegria dos Santos e eles tomam parte na nossa luta e no nosso desejo de paz e reconciliação. Para nós, a sua alegria pela vitória de Cristo ressuscitado é origem de força para superar tantas formas de indiferença e dureza de coração.
Em segundo lugar, cada comunidade cristã é chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os pobres e com os incrédulos. A Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada em si mesma, mas enviada a todos os homens.
Esta missão é o paciente testemunho d’Aquele que quer conduzir ao Pai toda a realidade e todo o homem. A missão é aquilo que o amor não pode calar. A Igreja segue Jesus Cristo pela estrada que a conduz a cada homem, até aos confins da terra (cf. Act 1, 8). Assim podemos ver, no nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressuscitou. Tudo aquilo que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa, tudo o que estes irmãos possuem é um dom para a Igreja e para a humanidade inteira.
Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!
3. «Fortalecei os vossos corações» (Tg 5, 8): Cada um dos fiéis
Também como indivíduos temos a tentação da indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência?
Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração.
Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe, graças aos inúmeros organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum.
E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos. Se humildemente pedirmos a graça de Deus e aceitarmos os limites das nossas possibilidades, então confiaremos nas possibilidades infinitas que tem de reserva o amor de Deus. E poderemos resistir à tentação diabólica que nos leva a crer que podemos salvar-nos e salvar o mundo sozinhos.
Para superar a indiferença e as nossas pretensões de omnipotência, gostaria de pedir a todos para viverem este tempo de Quaresma como um percurso de formação do coração, a que nos convidava Bento XVI (Carta enc. Deus caritas est, 31). Ter um coração misericordioso não significa ter um coração débil. Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro.
Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar convosco a Cristo: «Fac cor nostrum secundum cor tuum – Fazei o nosso coração semelhante ao vosso» (Súplica das Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus). Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença.
Com estes votos, asseguro a minha oração por cada crente e cada comunidade eclesial para que percorram, frutuosamente, o itinerário quaresmal, enquanto, por minha vez, vos peço que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!
Vaticano, Festa de São Francisco de Assis,
4 de Outubro de 2014.
FRANCISCUS PP.